O Olhar
Seu olhar, não sei dizer quando partiu... Se não dilucidei a raiz do intento; Se meu benquerer foi-lhe sonolento; Ou se me vitimei de um doce ardil. Haveria sido eu a criatura vil, Nascida sob o cálido tormento De seu presságio negro e pestilento, Que com pura inocência o ressentiu? Com você, foi-se o brilho deste mundo Cinzas amargas, rastros da partida Honraria por esforço tão infecundo Por que minha esperança foi varrida Na breve eternidade de um segundo, Belo e perdido olhar da minha vida?